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Foto feita com IPhone da Esplanada dos Ministérios em Brasília (Mariana Tavares) |
Estou, como faço com certa frequência, relendo Cecília Meireles. Releio, todos anos, essa grande poeta, outro igualmente grande – Drummond, e também Dom Casmurro. Mas esse post nada tem a ver com minhas leituras de cabeceira, mas com o que uma releitura é capaz de proporcionar.
Relendo Cecília me deparei com um poema fabuloso, simples e direto. Podem mexer na fotografia, só não se pode mexer na alma que a constrói e a torna o único retrato de um momento. Simples assim! Cecília deixa claro a necessidade de garantir que no futuro possamos nos reconhecer naquele velho retrato, ainda que não saibamos mais se tínhamos mesmo aquele rosto, o importante é sabermos sempre a alma por trás das manipulações e modificações de uma imagem.
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Mesma foto com alguns filtros ganha contornos mais dramáticos. Será mesmo mera ilusão?! |
Na mesma linha li uma reportagem da revista Veja dessa semana sobre uma exposição no museu Metropolitan em Nova York sobre fotos manipuladas na era pré-photoshop que mostra o princípio das manipulações e como elas tinham uma função específica que ainda hoje permanece: o dom de iludir! Mas o principal é que a fotografia continua sendo o nosso melhor de dizer o que pensamos e quem realmente somos! Mesmo na era do photoshop ela ainda é um bom caminho para a realidade, ainda que repleta de ilusão!
Ahh e claro, teremos poesia!