Tenho marcas no corpo
Que me lembram de quem sou.
Marcas que carrego
Da memória que já morreu.
Tenho marcas quase invisíveis,
Dessas que só amigos percebem,
Que só enxergam os mais sensíveis,
Que revelam dores que não me cabem.
Dessas bem firmes e delineadas,
Que quem quiser enxerga.
Tenho marcas à mostra
Na minha gordura exagerada,
Na minha incontida irreverência,
Na revolta que não desaparece.
Tenho marcas que não me abandonam,
E que vez ou outra se arrependem
De jamais se esquecerem.
Tenho marcas que vez ou outra inflamam,
E me acorrentam na alma ferida e marcada,
Para sempre,
nessas marcas
Que não desaparecem.
Mariana Tavares
Hoje o post é uma poesia. O melhor jeito de para traduzir sentimentos…
Blog “Mais que mil palavras”